Ausência de dominância

 A ausência de dominância é um conceito na genética que descreve uma situação em que nenhum alelo é dominante sobre o outro em um par de genes. Isso significa que os alelos não se comportam como tradicionalmente observado na segregação mendeliana, onde um alelo domina sobre o outro e determina a expressão fenotípica.


Na ausência de dominância, os alelos envolvidos podem ter uma interação mais complexa, resultando em diferentes padrões de expressão fenotípica. Existem dois principais padrões de interação que podem ocorrer:


1. Codominância: Nesse padrão, ambos os alelos são expressos de forma igual e simultânea no fenótipo do organismo heterozigoto. Por exemplo, no sistema sanguíneo humano AB, os alelos A e B são codominantes. Uma pessoa com genótipo AB terá a expressão simultânea dos antígenos A e B em suas células sanguíneas.


2. Dominância incompleta: Nesse padrão, nenhum alelo domina completamente o outro, e o fenótipo heterozigoto é uma mistura ou intermediário entre os dois homozigotos. Por exemplo, no caso da cor das flores em certas plantas, o cruzamento de uma planta de flores vermelhas (homozigoto RR) com uma planta de flores brancas (homozigoto rr) pode produzir plantas heterozigotas (Rr) com flores rosas, que são uma expressão intermediária entre vermelho e branco.


Além desses padrões, outras formas de interação entre os alelos também podem ocorrer, como a expressão condicional ou a influência de outros fatores ambientais. Essas interações complexas podem tornar a herança e a expressão fenotípica mais variáveis e menos previsíveis.


A ausência de dominância é um importante aspecto da genética que demonstra a diversidade e a complexidade dos padrões de herança. Ela desafia a visão simplificada de dominância completa entre os alelos e destaca a importância de uma análise mais abrangente das interações genéticas para entender completamente a expressão dos traços em uma população.

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